Desaprendemos de ser silêncio.
Desaprendemos de ser escuta.
Desaprendemos de escutar nossa ancestralidade contada e cantada pelo céu.
Desaprendemos de escutar o sussurro dos ventos revelando a história de todos os tempos.
Desaprendemos de ouvir a fala e ler as danças que os animais anunciam em sintonia com a terra.
Desaprendemos de escutar a sutilezas do espírito de cura das pedras e das plantas.
Desaprendemos de escutar o canto das águas recordando-nos da unidade da vida.
Desaprendemos de ouvir o coração das coisas porque deixamos de escutar o nosso próprio coração, suas palavras e o seu ritmo sagrado.
Tornamo-nos órfãos de nosso próprio amor e refém do esquecimento causado por nossos ruídos.
Tales Nunes