As suas palavras não vão calar quem nós somos.
A sua existência não irá apagar a força do nosso amor e a chama de nossa alegria.
O seu olhar exclusivo não vai tornar opacas as nossas cores.
Nós sabemos dançar uma diversidade de ritmos.
Nós não somos mandamentos, somos poesia.
Somos mananciais, somos florestas, somos pluma, somos pele.
Somos arte, somos arco, somos flecha, somos berimbau, somos todos os instrumentos do amor e todas as formas belas de existir e de resistir.
Nós temos um mundo cheio de mundos.
Somos a felicidade e a abertura que o deserto do seu coração desconhece. Se quiser se juntar a nós, venha, dance junto. Mas não nos tornaremos a sua aridez.
As nossas vozes são cantos que se sobrepõem aos seus gritos.
(Tales Nunes)
