“Tentar encontrar uma razão de viver ou uma perfeição fora do mundo e projetar esse desejo de encontro para um futuro sempre distante nasce do nosso medo de encarar o mundo face à face e de assumir a responsabilidade do nosso papel na construção da realidade do mundo e de si mesmo. Qualquer ação e os seus resultados estão relacionados a causas e consequencias naturais dependentes da consciência, da inteligência, do desejo, da ação, do movimento. Sublime e corajoso é reconhecer que não existe lugar mais propício para se reconhecer a perfeição do mundo do que dentro dele, no que experienciamos em nós e o que está ao nosso redor a todo momento. O sentimento de ora perceber o mundo pleno de sentido e ora momentaneamente ausente dele é reconhecido como uma oscilação natural da mente quando, no íntimo, se reconhece que o sentido último da perfeição está sempre presente”.
(Tales Nunes)