Caminhando juntos
Exponhamo-nos aos olhos do tempo.
Na eternidade do presente,
através dos nossos olhares,
conheçamo-nos e reconheçamo-nos.
Tracemos o nosso caminho,
sem comparações,
livres de julgamentos.
Onde chegaremos, não importa,
a atenção deve estar no caminho.
Afinal, tudo é caminho,
até a morte, que parece um fim,
é um meio de valorizarmos a vida.
Não tenhamos medo das rugas,
muito menos das rusgas,
ambas nos ensinam sobre a vida.
Então, aprendamos, sempre, com cada acontecimento,
com os nossos constantes erros e acertos,
sorrisos e lágrimas.
Quando preciso, falemos alto, gritemos,
mas que sejam palavras verdadeiras
e que não machuquem,
antes tapas de flores
a carinhos de espinhos.
Estejamos sempre com uma mão ocupada
trabalhando na realização dos nossos sonhos mais profundos
e a outra estendida para ajudarmos um ao outro.
E, seja sob a luz da lua cheia
ou com gotas de chuva a escorrer pela face,
caminhemos juntos, sempre com o brilho das estrelas no olhar.
*Retirado do livro “O Yoga e o Ser”
Tales Nunes