O discípulo aproxima-se do mestre, reverencia-o e diz:
Discípulo: “Mestre?”
Mestre: “Sim…”
D: “Vim lhe fazer algumas perguntas, desejo muitas coisas”.
M: “O que deseja?”
D: “Desejo ver Deus”.
M: “Você já o vê, o que precisa é compreender o que vê e quem vê”.
Silêncio.
D: “Desejo falar com Deus”.
M: “Você já fala, o que precisa é compreender quem fala”.
Silêncio.
D: “Desejo tocar Deus”.
M: “Você já o toca, o que precisa é compreender o que é tocado e quem toca.
Silêncio.
D: “Desejo ouvir Deus”.
M: “Você já o escuta, o que precisa é compreender o que escuta e quem escuta.
Silêncio.
D: “Desejo, então, fundamentalmente, compreender Deus”.
M: “Enxergando o que não se vê, escutando o que não se ouve, alcançando o que não se toca, compreendendo o que não se compreende, descobrir-se-á livre de desejos, e saberás que não buscamos o que já não somos”.
Silêncio…
O Discípulo sorri, reverencia o mestre e vai embora.
(Escrito por Tales Nunes, 03 de janeiro de 2010)