MEDITAÇÕES SOBRE OS YAMAS E NIYAMAS
Clique abaixo e escute todas as meditações. A seguir estão todas as meditações transcritas.
Bom proveito.
MEDITAÇÕES SOBRE OS YAMAS
Meditação sobre a não violência
Sente-se com a coluna estável, o corpo imóvel, a respiração tranquila e o coração aberto. Faremos uma reflexão sincera sobre a sua vida. Leia essas palavras com cuidado e pausadamente, fazendo delas uma meditação.
O fundamento da vida não é a luta, é a integração constante entre os opostos. O medo de me perder é a semente da agressividade, da defesa e do ataque. Eu não preciso me defender da Vida. A minha essência não pode ser roubada, violentada ou agredida. A minha essência está além do corpo, além da mente, sou a paz e a plenitude da existência. Ninguém pode me roubar, ninguém pode me subtrair, ninguém pode me dividir. Quando entendo isso, eu posso somar. Eu acolho o medo, eu acolho a agressividade, eu acolho o agredido, eu perdoo o agressor. Além deles estou e descanso sereno, completo, em paz. O mundo não é uma ameaça para mim. Eu não sou uma ameaça para o mundo. Nenhum ser precisa me temer, o meu propósito na vida é expressar a pureza inerente a toda a existência. Me empenho diariamente em purificar as minhas intenções, em ser um bem e um presente para a vida ao meu redor. Faço um voto de não ferir com as minhas ações, faço um voto de ser gentil com a minha fala, faço um voto de cuidar da minha mente como um altar de oferendas. A vida é preciosa e cada ser que se manifesta, em toda a sua diversidade de formas e expressões, merece ser respeitado e reverenciado. Em minhas orações incluo todos os seres, que todos eles possam viver em paz, que todos eles possam se libertar do sofrimento. Em minhas orações incluo toda a vida, pois aprecio o que está ao meu redor como a própria liberdade e plenitude que eu sou.
Meditação sobre a Verdade
Sente-se com a coluna estável, o corpo imóvel, a respiração tranquila e o coração aberto. Faremos uma reflexão sincera sobre a sua vida. Leia essas palavras com cuidado e pausadamente, fazendo delas uma meditação.
A Natureza não engana, a natureza não dissimula, sua expressão é bela porque é verdadeira e espontânea. A verdade da terra é solidez, a verdade da água é fluxo, a verdade do fogo é transformação, a verdade do ar é movimento, a verdade do espaço é acolhimento, a minha verdade é Amor. Que as minhas palavras sejam justas e carreguem o poder da verdade amorosa. Que as minhas ações sejam uma expressão dos meus pensamentos. E que os meus pensamentos tenham a pureza fundamental da vida. Toda mentira desvirtua, toda mentira separa, toda mentira confunde e trai a minha essência. Eu faço um voto de seguir a beleza. Eu faço um voto de seguir a verdade. Eu faço um voto de ser sincero comigo mesmo, eu faço um voto de ser sincero com o outro, eu faço um voto de ser sincero com a vida para que toda a sua pureza se revele como uma flor de Lótus no espaço do meu coração.
Meditação sobre o não roubo
Sente-se com a coluna estável, o corpo imóvel, a respiração tranquila e o coração aberto. Faremos uma reflexão sincera sobre a sua vida. Leia essas palavras com cuidado e pausadamente, fazendo delas uma meditação.
O meu coração, pleno, não precisa tirar nada da Vida e do outro para ser feliz. O meu corpo é limitado, a minha mente é limitada, as minhas emoções são limitadas, eu sou pleno. Não preciso tirar nada do outro para me preencher, seja tempo, palavras, elogios, reconhecimento ou bens de qualquer tipo. Aceitando o que eu sou, sendo quem sou, eu posso ser mais para os outros. A inveja e a sensação de inferioridade são ilusões de uma mente que confunde o Eu com as posses, o Eu com as limitações do corpo, o Eu com a impermanência da mente. Eu faço um voto de ser quem eu sou, de me aceitar como sou, para que não apenas não precise tirar nada do outro, mas para que me alegre com as suas aquisições. Não se doar é roubar. Não se entregar é roubar. A prosperidade é expressão natural da Vida, o oferecimento é expressão natural da Vida. A prosperidade verdadeira é ajudar o outro a enriquecer. Eu abandono completamente a desconfiança na Vida e ajudo o outro a ser rico. Rico da verdadeira riqueza: o oferecimento.
Meditação sobre o comprometimento com o Absoluto
Sente-se com a coluna estável, o corpo imóvel, a respiração tranquila e o coração aberto. Faremos uma reflexão sincera sobre a sua vida. Leia essas palavras com cuidado e pausadamente, fazendo delas uma meditação.
A vida é um breve sopro. Da minha primeira respiração o meu último suspiro, desconhecido é o tempo. Não sei quantas respirações ainda tenho. Sei que o tempo é breve e a natureza do corpo é frágil. Corro constantemente atrás de objetos, de pessoas e de situações para me preencher. O que busco verdadeiramente não tem limites. Não adianta buscar o ilimitado no limitado. A felicidade não está nas coisas, a plenitude é a própria existência que eu sou. O meu comprometimento fundamental então é com a descoberta de quem eu sou. Direciono a minha vida para essa descoberta e conduzo as minhas ações em busca desse reconhecimento. Abro o meu coração para os ensinamentos que me revelam. A Verdade da Vida não é mandatória, não é religiosa, não é crença. A Verdade da Vida é o absoluto, ao eterno que eu Sou. A existência é una, a existência é bela, a existência é plena. Eu sou um devoto do Amor, sou um devoto do absoluto. Tudo o que passa, passa com leveza quando estou estabelecido no eterno que eu Sou.
Meditação sobre o desapego
Sente-se com a coluna estável, o corpo imóvel, a respiração tranquila e o coração aberto. Faremos uma reflexão sincera sobre a sua vida. Leia essas palavras com cuidado e pausadamente, fazendo delas uma meditação.
Nada de fato me pertence, nada me pertence, eu passo pela vida leve e livre de qualquer apego aos objetos. O meu corpo é objeto, as minhas emoções são objeto, a minha mente é objeto, eu sou o sujeito, consciência plena, que aprecia toda a multiplicidade da Vida. O Universo não foi criado pelo meu domínio ou para o meu domínio, o Universo foi criado pelo deleite e para a contemplação. A tentativa de prender me faz perder qualquer tipo de apreciação. Quando reconheço que não possuo nada, então realmente tenho espaço suficiente para apreciar toda a beleza da Vida em sua plena liberdade e dinâmica criativa. Eu observo a existência de cada objeto, dentro de sua natureza sempre mutável, como uma dança, eu os aprecio e permito que eles sejam como eles são: livres.